Mais um ano chega ao fim. Agradeço a todos os alunos e professores envolvidos com a Secretaria dos Cursos de Graduação em Artes Cênicas e Cinema, é a nossa colaboração mútua que fará deste setor universitário um dos mais avançados em comparação com as universidades de maior prestígio internacional.
Trabalhamos para que as nossas metas fossem cumpridas, porém, a principal delas, que era a digitalização da maioria dos processos administrativos (90%) ficou bem abaixo deste patamar. Continuaremos com esse objetivo em 2014, além de melhorar a nossa transparência, publicando com maior rapidez TODOS os documentos produzidos pela secretaria em nossos sítios eletrônicos. Temos os sítios bem elaborados, mas devido a um pequeno problema de recursos humanos, não avançamos como poderíamos.
Também prevíamos um melhor acompanhamento dos processos dos formandos, conseguimos melhorar este item criando planilhas do Google Docs, elas mostraram-se úteis, inclusive para o sistema de reserva de salas, que foi desenvolvido inicialmente pela nossa professora Janaína Martins.
Enfim, possuímos bons desafios para 2014, que ele seja um ano mais audacioso e produtivo, que possamos desenvolver nossos objetivos, sempre lembrando que estamos trabalhando em uma estrutura financiada pelos tributos dos cidadãos e, portanto eles merecem um padrão de qualidade, eficiência, transparência e moralidade administrativa acima do aceitável.
Aproveito para agradecer o nosso Centro, dirigido pelo professor Felício Margotti, o nosso Departamento de Artes e Libras, dirigido pelo professor Fabio Salvatti, a Coordenadora de Artes Cênicas, Elisana De Carli, a Coordenadora de Cinema, Aglair Bernardo, e em especial a todos os colegas professores e técnico-administrativos dos nossos setores e dos quais nos relacionamos. Gostaria de mencionar com bastante orgulho o Departamento de Administração Escolar e a Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (um dos setores mais estratégicos para a melhoria dos serviços acadêmicos).
O ano de 2013 também possuiu vários atritos, todos eles foram observados atentamente e podemos tirar algumas lições:
1) É muito degradante estimular o caos para atender a objetivos que não são compartilhados pela maioria das pessoas de bem.
2) Os professores, por mais diferentes que sejam as suas orientações didáticas, intelectuais e políticas, devem ser respeitados e admirados. O nosso desenvolvimento institucional é carregado da inteligência e dedicação dessas pessoas, elas podem falhar, como qualquer um, mas a observância de seu legado exige uma compreensão mais apurada dos fatos.
3) Não critique o que você desconhece ou o que você conhece parcialmente.
A Universidade Federal de Santa Catarina pode ser mais com o nosso trabalho compartilhado, com a orientação certa para o desenvolvimento de nosso caráter e do nosso sentido de existência.
O legado da gestão anterior formou os primeiros passos para o nosso desenvolvimento institucional (criação dos sistemas de gestão eletrônica, enfrentamento de estruturas ultrapassadas e a renovação de um sentimento positivo pela UFSC).
A gestão atual representa um aprimoramento das virtudes deixadas pelos seus antecessores, mas o papel de liderança baseada em uma ética que deixa claro o papel social e o compromisso com os princípios de uma Gestão democrática, republicana e transparente, parecem ser o vislumbre da nova UFSC que todos queremos. Que venham os avanços, que possamos superar nossas aparentes divergências para tornar a UFSC uma referência Universitária do século XXI.
Obrigado a todos os constituintes da comunidade acadêmica.
Deixo a mensagem de Carl Sagan de um dos mais prestigiados cientistas que esse mundo já conheceu, comentando sobre a primeira foto retirada do planeta terra, de um ponto distante, por meio de uma sonda nas proximidades de saturno:
“Pálido Ponto Azul”
Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1lido_Ponto_Azul
Versão em áudio:
http://www.youtube.com/watch?v=4_tiv9v964k
Olhem de novo para esse ponto. Isso é a nossa casa, isso somos nós. Nele, todos a quem amamos, todos a quem conhecemos, qualquer um dos que ouvimos falar, cada ser humano que já existiu, viveu a sua vida aqui. A totalidade das nossas alegrias e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e lavrador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e camponês, cada casal de namorados, cada mãe e pai, cada criança esperançosa, inventores e exploradores, cada professor de ética, cada político corrupto, cada superstar, cada líder supremo, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, num grão de poeira cósmica suspenso num raio de sol.
A Terra é um cenário muito pequeno numa vasta arena cósmica. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, na sua glória e triunfo, serem mestres momentâneos de uma fração de um ponto. Pense nas crueldades sem fim infligidas pelos habitantes de um canto deste pixel aos quase indistinguíveis habitantes de algum outro canto, o quão frequentes são as suas incompreensões, quão ávidos são seus desejos de se matarem, quão frequentemente se odeiam.
O nosso ego, a nossa suposta autoimportância, a ilusão de termos uma posição privilegiada no Universo, são refutadas por este pálido ponto de luz.
O nosso planeta é um grão solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda esta vastidão, não há indícios de que vá chegar ajuda de algum lugar para nos salvar de nós mesmos.
A Terra é o único mundo conhecido, até hoje, que alberga a vida. Não há outro, pelo menos no futuro próximo, onde a nossa espécie possa emigrar. Visitar pode, assentar-se, ainda não. Gostando ou não, por enquanto, a Terra é onde temos de ficar.Tem-se falado da astronomia como uma experiência criadora de firmeza e humildade. Não há, talvez, melhor demonstração das tolas e vãs soberbas humanas do que esta distante imagem do nosso miúdo mundo. Para mim, acentua a nossa responsabilidade para nos portar mais amavelmente uns para com os outros, e para protegermos e acarinharmos o pálido ponto azul, o único lar que conhecemos.
Muito obrigado a todos!
Ricardo Magro
Assistente em Administração
Artes Cênicas / Cinema – UFSC
